Compartilhe este post

Transtorno de Personalidade Borderline

Personalidade é forma de comportamento de um indivíduo. É o “jeitão” de ser da pessoa.

O Transtorno de Personalidade aparece quando o comportamento é pouco ajustado e prejudica o indivíduo nas relações sociais, causando a ele próprio e aos outros, sofrimento e incômodo.

Borderline = estado limite entre o neurótico e o quase psicótico.

Características da personalidade borderline, extraídas dos livros especializados e da nossa experiência no consultório

Instabilidade de humor repentinas: depressão, ansiedade, irritabilidade, ciúmes, alternância entre amor e ódio, idealização e desapontamento, sedução, impulsividade.

Pequenas rejeições ou frustrações causam grandes tempestades emocionais.

Auto-estima baixa. Esforços grandes para evitar o abandono.

Comportamentos auto-destrutivos (machucar, cortar, queimar, bater a cabeça).

Tentativas de suicídio.

Hiper-reatividade afetiva: situações boas são excelentes e as ruins são catastróficas. “8 ou 80”; totalmente bom ou totalmente mau.

Bordrelines desenvolvem admiração e desencanto por alguém muito rápido. Eles passam facilmente do “eu te amo” para o “eu te odeio”. Podem dizer com convicção “sim”, para em seguida, dizer “não”.

Os borderlines idealizam afetos fortes sem que a outra pessoa objeto do afeto tenha idéia da intensidade. As pessoas são consideradas ótimas, mas diante de recusas tornam-se péssimas rapidamente. Relacionamentos conturbados e instáveis.

Raiva extrema. Expressam raiva inadequada.
São vistos como rebeldes e problemáticos.
Tem grandes prejuízos pessoais e com os outros à sua volta.

Padrão de comportamento intenso e extremamente confuso e desorganizado.
Se afastam daqueles de quem mais precisam de forma cruel.
Muito exigentes de atenção, excessivamente manipuladores.
São cruéis. Masoquistas: gostam de sofrer. Sádicas: gostam de fazer os outros sofrerem.
Impacientes, são como crianças, querem tudo na hora e do jeito delas.
Colocam a culpa sempre em outros por suas próprias falhas.

Cresceram fisicamente, mas emocionalmente continuam sendo crianças egoístas e problemáticas.

Cresceram com um grande sentimento de não ter recebido atenção suficiente.
Como crianças revoltadas buscam meios imaturos para suprir essa falta de atenção.

Os traumas infantis causaram um sentimento crônico de vazio e rejeição, o que gera uma grande dor emocional.
Revoltados, rancorosos, com instinto vingativo.
Dificuldade para perdoar, revivem coisas do passado e um sofrimento desproporcional aos fatos.

Passam rapidamente do papel de vítimas injustiçadas para o de verdadeiros vilões cruéis vingativos.

Insaciáveis. Por mais que lhe dêem atenção eles exigirão mais ainda. Tendem a ser “paranóicos” (desconfiados) sempre que não recebem importância. Quando discutem vêem o lado negativo das pessoas com que se defrontam fazendo-as merecer punições e vinganças.

Pequenas mudanças ou esquecimentos da pessoa amada é um enorme motivo para acreditar que a pessoa não gosta mais dele.
É excessivamente possessivo. Acreditando que a pessoa conquistada pertence apenas a ele e a mais ninguém.

Baixa capacidade de julgamento, tornam-se os causadores de brigas freqüentes.
Acredita que o parceiro tem de estar todo o tempo com ele, têm a obrigação de não deixá-lo sozinho. Quando o parceiro tem de ir viajar ou quando cancela um encontro, facilmente o borderline se irrita, partindo para manipulações e ameaças.

Não têm controle de si mesmos, por isso demonstram irritabilidade e raiva em variadas situações triviais.

Reações desproporcionais: amargura, maus tratos ao próximo como xingamentos e violência.

Tentam controlar as emoções, mas não conseguem.
Oscilam entre um comportamento adulto e um infantil; entre uma conduta boa e uma má.

Árduos manipuladores: lançam mão de estratégias como agressividade, brigas, chantagens, para ver se as pessoas o abandonarão por tais razões.

Costumam “ver coisas” onde não existem. Convidam uma pessoa para um passeio e a se pessoa alvo não aceitar, basta para que os borderlines entrem em conflito, mudando rapidamente de humor e comportamento.  Sentem-se profundamente feridos e desprezados.

Fazem tempestade em copo d’água.

A forma como demonstram o medo é através da agressividade e raiva, rebeldia, depressão, chantagens, manipulações, maus tratos, discussões e diversos comportamentos.

Sentem um vazio irreparável, uma frustração contínua. São pessoas que nunca estão satisfeitas. Exigem demais dos outros, mas nunca se satisfazem, não retribuem, demonstrando uma grande ingratidão.

O borderline é a eterna”vítima”.

Não têm uma identidade bem formada, precisa do apoio de outra identidade, causando assim um grande medo à perda e rejeição de tal identidade.

Seu gosto é inconstante, pode gostar de uma coisa, em seguida enjoar da mesma.
Os borderlines são indivíduos que são escravos das suas próprias emoções.

Muito possessivos, não se dão conta que todo esse comportamento prejudica e assusta as pessoas.

As decepções amorosas são muito intensas, dolorosas e insuportáveis.

Eles têm dificuldade em conviver em grupo, arranjam conflitos com amigos, namorados e familiares com grande demonstração de ciúmes, possessividade e medo de serem abandonados.

São superficialmente adoráveis e simpáticos no meio não familiar. Com pessoas de sua intimidade eles são tidos como irritantes, agressivos, mal-humorados e rebeldes.

Familiares e amigos vêem os borderlines como pessoas “de lua”.
De manhã estão de um jeito, à tarde de outro, e à noite de outro jeito.

Relacionamentos íntimos são muito caóticos e terminam de forma explosiva.

Mudam em relação ao o que irão exercer profissionalmente.
Não têm persistência para continuarem um projeto ou objetivo.

Borderlines têm visão extremista até mesmo de seus objetivos e futuro. Quando conseguem iniciar um projeto (estudos, emprego), eles são freqüentemente presunçosos: sua meta é ser reconhecido ou nada valerá.

A inconstância é a palavra chave da vida de um borderline.

Estão sempre à beira entre o amor e o ódio.

A vida do borderline é dividida sempre entre boa e má. Dividem as outras pessoas como “totalmente boas” ou “totalmente más”.

Pouco se importam com as necessidades alheias, porque tendem a priorizar as suas.
O borderline se aborrece com qualquer assunto que não lhe diga a respeito, necessitando sempre ser o centro de tudo.

Não tem paciência, se estressa ou irrita-se facilmente, até por coisas banais.

Sua percepção sobre outros é distorcida sempre para desconfianças.
Acredita que as outras pessoas não são nada confiáveis e são maldosas.

Tem dificuldade em relação a limites.

Nas relações íntimas se mostra carente de afeto, com grande necessidade de apoio; se mostrar muito manipulador e irritante.

Tende a mudar de amizades, grupos, cidades, etc. que considera “ameaçadoras”.

Pode tomar atitudes pouco recomendáveis como trair, mentir, criticar, pôr a culpa em outros, colocá-los em situação financeira difícil, esconder, querer destruir o que o outro possui, querer se vingar e outras coisas do gênero.

A automutilação é uma das principais características do borderline: cortar, queimar, arranhar, bater-se, cutucar-se, roer unhas e pele, abusar de medicamentos, expor-se a situações perigosas ou doenças, não se importar com sua saúde.

Gosta de excessos: medicamentos, energéticos, café, doces, comer, dirigir imprudentemente, dormir, praticar sexo inseguro. Pode jogar patologicamente, fazer gastos irresponsáveis, furtar/roubar, abusar de drogas e/ou bebidas, usar algum tipo de lazer de forma excessiva e patológica (televisão, computador, exercícios físicos).

Engaja-se em tais comportamentos impulsivos para se libertar de sentimentos de vazio.

O borderline tem uma visão infantil do mundo: tem problemas constantes de objetivo, de abandono, de impaciência, de identidade, de exigências narcisistas.

O transtorno de personalidade borderline é tido como um dos transtornos mentais mais devastadores, sobretudo na área de relacionamentos interpessoais.

Tratamento para o transtorno de personalidade borderline: tratamento medicamentoso com psiquiatra + psicoterapia cognitivo-comportamental com psicólogo.

Consultas com Psic. Flávio Pereira: Clique aqui

Compartilhe este post