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Transtorno Dissociativo de Identidade

Características do Transtorno Dissociativo de Identidade
Resumo do DSM – V

Quebra da identidade a qual apresenta dois ou mais estados de personalidade diferentes, relatadas em certas culturas como uma experiência de possessão. A ruptura na identidade envolve perda no senso de si mesmo e de domínio das próprias ações, acompanhada por mudanças relacionadas no comportamento, na consciência, na memória, no afeto, na percepção, no pensamento e no funcionamento sensório-motor. Tais sintomas podem ser observados por outras pessoas ou relatados pelo indivíduo.

A possessão no Transtorno Dissociativo de Identidade manifesta-se como se um ser sobrenatural, um “espírito”, uma entidade tivesse assumido o controle, de tal modo que o indivíduo começa a falar e agir de maneira claramente diferente da habitual.

Em contextos nos quais a possessão é comum, as identidades fragmentadas podem adotar a forma de divindades, demônios, espíritos, animais ou figuras míticas.

Falhas comuns na lembrança de acontecimentos cotidianos, informações importantes e fatos que são incompatíveis com o esquecimento comum. A falta de memória de indivíduos com Transtorno Dissociativo de Identidade é apresentada por:

1) Vazios na memória de eventos da vida pessoal como mortes, o próprio casamento, dar à luz um filho;

2) Lapsos na memória sobre o que aconteceu hoje, habilidades aprendidas, como usar um computador, ler, dirigir;

3) Descoberta de coisas que eles não lembram terem feito como encontrar objetos inexplicáveis em suas bolsas, sacolas de compras; encontrar desenhos incompreensíveis ou escritos que eles devem ter criado; descobrir ferimentos; “voltar a si” no meio de algo que estava fazendo.

A amnésia em indivíduos com Transtorno Dissociativo de Identidade não se limita a eventos traumáticos; com frequência também não conseguem recordar os eventos cotidianos, não lembrar o próprio nome, não reconhecer o cônjuge, os filhos ou os amigos próximos.

O Transtorno Dissociativo de Identidade causa sofrimento significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outros setores importantes da vida.

As ocorrências não são parte normal de práticas religiosas ou culturais amplamente aceita.

Os sintomas não são atribuidos aos efeitos de substâncias como drogas ou  condição médica como convulsões.

Indivíduos com Transtorno Dissociativo de Identidade podem relatar:

Tornarem-se subitamente observadores despersonalizados de suas “próprias” falas, ações e podem sentir-se incapazes de reverter essa situação.
A escuta de vozes as quais o indivíduo não consegue controlar.
Impulsos, emoções fortes, sem um sentido de domínio ou controle pessoal.
Preferências, opiniões, atitudes podem mudar subitamente repetidas vezes.
Sentem seus corpos diferentes como exemplo corpo de uma criança, sexo oposto, grande e musculoso.
Muitos desses comportamentos podem ser verificado por familiares, amigos ou pelo psicólogo.

Fugas dissociativas: relatam que se encontraram de repente no trabalho, na praia, ou em algum lugar em casa (p. ex., em um canto, no armário, no sofá na cama) sem lembrar como aí chegaram.

Características associadas ao Transtorno Dissociativo de Identidade: ansiedade, depressão, abuso de substância, automutilação, convulsões não epiléticas, perturbações na consciência, amnésia.

Reviver um evento passado como se ele estivesse ocorrendo no presente, com mudança de identidade, perda parcial ou completa de contato com a realidade presente durante e amnésia subsequente.

Relatos de múltiplos tipos de maus-tratos sofridos durante a infância ou a idade adulta.

Relatos que não envolvem maus-tratos, mas que reúnem eventos como múltiplos procedimentos médicos prolongados e dolorosos.

Automutilação e comportamento suicida são frequentes.

Alguns indivíduos sofrem fenômenos ou episódios psicóticos transitórios.

Transtorno associado a experiências traumáticas, incluindo procedimentos médicos e cirúrgicos na infância, guerra, prostituição infantil e terrorismo, eventos devastadores e/ou abuso físico e sexual ocorrido na infância.

Pode se manifestar pela primeira vez em qualquer idade.

Tentativas de suicídio e comportamentos de autoagressão são frequentes.

Cuidados devem ser tomados no diagnóstico pois o Transtorno Dissociativo de Identidade poder ser confundido com:

Transtorno depressivo maior.
Transtornos bipolares.
Transtorno de estresse pós-traumático.
Transtornos psicóticos como esquizofrenia.
Transtornos induzidos por substância/medicamento.

Transtornos da personalidade, especialmente do tipo borderline.
Transtorno conversivo.
Transtornos convulsivos.
Transtorno factício e simulação.

Comorbidade: indivíduos com transtorno dissociativo de identidade geralmente exibem muitos transtornos comórbidos que incluem: transtornos depressivos, transtornos da personalidade, transtornos alimentares, transtornos relacionados a trauma e a estressores, transtorno conversivo, transtorno de sintomas somáticos, transtornos relacionados a substâncias, transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos do sono.

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