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As brincadeiras

Tempos e lugares fictícios. Regras, limites e objetos improvisados. Sozinho ou acompanhado. Esse é o complexo ambiente das brincadeiras e dos jogos, que tanto uma criança de 3 anos de idade ou um senhor de 70, por exemplo, podem construir apenas com o uso da mente e da imaginação.

Mas como é possível a mente humana criar uma realidade paralela e provisória, enriquecê-la com vozes, ruídos e personalidades e, ainda assim, estar atenta ao que acontece a seu redor? Por que parece que, durante nosso amadurecimento, diminuímos esta capacidade de brincar?

Quem brinca?

Bem, quando colocamos a pergunta “quem brinca?” logo imaginamos uma resposta lógica: seres humanos. Mas é muito claro perceber que, na natureza, também podem ser encontrados diversos animais que se utilizam da brincadeira como forma de aguçar seus sentidos, musculaturas, agilidade e improviso.

Entretanto, só com a forma humana, o sentido do brincar se torna muito mais amplo, pois está imerso em conteúdos psicológicos, linguísticos, culturais etc.

Assim, quando um psicólogo estuda os significados que a brincadeira tem na formação da pessoa, ele percebe que cada gesto e cada palavra traz consigo um tanto de elementos que dizem muito sobre quem está brincando.

Os brinquedos que uma criança escolhe, a organização que é montada, os nomes e os comportamentos que ela reproduz, nos brinquedos ou em um jogo refletem o interior de sua própria mente, que de maneira única, enxerga a realidade a sua volta, acompanhada de seus medos, traumas, sonhos futuros e desejos imediatos. Quer dizer, brincando, ela repete e reorganiza mentalmente a realidade em que vive.

Sabendo que vários outros especialistas se dedicam a tal tema, podemos acompanhar a conclusão de um deles, a do pesquisador holandês, Johan Huizinga. Segundo ele, o ser humano não deve mais ser compreendido apenas segundo a nomenclatura latina já conhecida, Homo Sapiens, mas também sob a definição de Homo Ludens, isto é, o ser que tende naturalmente ao brincar, ao jogar, ao divertimento em si, ao lúdico.

Essa nova definição nos leva a compreender que as ilusões e as simulações não seriam realizadas apenas pelas crianças ou em uma idade definida, mas por qualquer indivíduo que esteja aberto para um tipo de realidade que provoque um “estado lúdico”.

Nesse sentido, não é só um brinquedo que teria a possibilidade de levar ao estado lúdico, mas também variadas situações, como por exemplo, quando se finge que é o “melhor cantor debaixo do chuveiro” ou quando se permite que o filho ou netinho monte nas costas para brincar de “cavalinho”.

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